Desde a inexplicável chegada de seres vivos intelectuais no planeta de Lorin, os Desde a inexplicável chegada de seres vivos intelectuais no planeta de Lorin, os tempos de paz reinavam serenamente. As civilizações antigas se estabeleciam, e apesar de preferirem se manter isoladas umas das outras, alguns poucos acabavam se relacionando e criando interações sociais.
O mundo evoluía, seguindo o seu curso natural, sem muita interferência artificial por parte das inovações tecnológicas que surgiam com o tempo e pareciam modernizar-se sem um aparente fim. Com a ciência, os costumes antecedentes e a cultura religiosa eram lentamente apagadas da história. E assim foi como o planeta se manteve, e continuaria deste modo, se não fosse pelo grande desastre que parecia não haver explicação concreta do porque de seu acontecimento...
Os Lorianos pensavam que seria mais um dia qualquer, até um raio de coloração roxa atingir a antiga Central de Eterna. As pessoas reunidas no local viravam-se para ver o que acontecia. Outras, ao longe, se aproximavam. A fumaça formada pelo impacto da energia dissipava-se, fazendo com que a imagem de um homem pálido, nu e de longos cabelos negros ficasse nítida. Os seus olhos, completamente preenchido por uma cor púrpura densa, mostravam fúria. O humanoide virou-se para todos os presentes, proferindo palavras incompreensíveis.
Portais eram abertos, e deles saíam pesadelos; Criaturas horrendas, deformadas e com uma sede insaciável. Monstros sem piedade. Todo o centro da cidade era preenchida pelo vermelho do sangue de inocentes, resultado do massacre realizado por aqueles... demônios.
Eterna já tinha sido destruída completamente em questão de alguns minutos. A sua Central, suas Cidadelas... as únicas coisas restantes eram ruínas de algo que antes era um poderoso país. Logo, as outras regiões começavam a serem invadidas também. A população de Vellutia e os poucos que haviam restados das outras províncias eram os únicos que ainda resistiam, mas seus soldados e cidadãos que tentavam combater aquelas criaturas eram rasgados como se fossem papel.
Em meio a todo aquele caos no território Vellutiano, em meio à toda aquela guerra... a simples presença de apenas uma pessoa foi o suficiente para fazer toda a batalha cessar. Ele caminhava por entre os inúmeros cidadãos que olhavam-o com surpresa e até mesmo admiração. Um rapaz de cabelos claros e pele bronzeada, com linhas estranhas que percorriam todo o seu corpo com uma coloração azul. Ninguém conhecia aquele rapaz, mas era como se apenas a sua presença fosse avassaladora o suficiente para provocar grande pressão a todos. Com breves olhares, as ameaças logo percebiam... aquele era o mais poderoso representante dos seres mortais.
Ninguém exatamente é capaz de explicar o que aconteceu; Boatos e rumores difundiam e moldavam o acontecimento, deixando a verdade inalcançável. A palavra de "nosso Salvador" era espalhada pelo continente. A suposta lenda agora era tratada como uma divindade, e em pouco tempo fanáticos ganhavam força e transformavam sua crença em uma grande organização; A Ordem dos Gearjas. A religião agora possuía uma enorme presença na política.
Atualmente, o mundo encontra-se rachado. Monstros podres perambulam pelo mundo, e mesmo enfraquecidos, sua presença é o suficiente para tornar perigoso qualquer local fora de muralhas de cidadelas. Os crentes (Gearjins, como são denominados) ainda acreditam que a lenda possa retornar para salvar à todos. Países procuram se reerguer em uma corrida para ver quem alcança o topo, formando rixas e alianças. A prosperidade parece cada vez mais distante.